Vale Tudo comete gafe e pode ter entregado único possível suspeito de Odete Roitman

Sequência das câmeras e estado do quarto sugerem culpa de um determinado personagem.

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Uma revisão das cenas de Vale Tudo, exibidas na noite do falecimento de Odete Roitman (Debora Bloch), indicou um possível furo de continuidade que estreita o círculo de suspeitos. Segundo as imagens mostradas ao delegado, o inspetor organizou a cronologia do que ocorreu no hotel e destacou quem teve acesso ao quarto da empresária. Pelos registros, apenas César (Cauã Reymond) aparece utilizando o cartão-chave para entrar no aposento, fator que, aliado ao estado da porta quando a polícia chegou, fortalece a leitura de que ele seria o único a conseguir trancá-la ao sair.

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Nos momentos anteriores, Marco Aurélio (Alexandre Nero) é visto chegando, mas sem o dispositivo de acesso. Isso implica que alguém precisou abrir a porta para ele, muito provavelmente a própria Odete, ainda com vida naquele instante. O relato do executivo à polícia, contudo, contraria essa linha: ele afirmou que encontrou a empresária já sem vida ao entrar no quarto. A discrepância entre as imagens e o depoimento coloca em xeque a versão de Marco Aurélio e desloca o foco para quem efetivamente controlou a entrada e o travamento do local.

Cartão-chave e câmeras do hotel em Vale Tudo

Depois da visita de Marco Aurélio, as gravações mostram que somente César retorna ao quarto, entra novamente, desaparece da cena e, na sequência, o ambiente é encontrado fechado e sem sinais de arrombamento. O conjunto desses elementos sustenta a hipótese de que ele tenha trancado a porta por dentro e deixado o local com o cartão-chave. Outro trecho reforça a vinculação de César ao crime: logo após o episódio, ele diz a Olavo (Ricardo Teodoro) a frase “A gente precisa se livrar desse flagrante“, em referência à arma utilizada, o que sinaliza preocupação direta com um objeto que o poderia incriminar.

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A reconstrução cênica inclui ainda um detalhe sobre o entorno do quarto. No ponto onde Odete foi atingida, há um balde e uma taça de champanhe sobre uma mesa lateral. Em cena anterior, horas antes, quando Odete e César estiveram no mesmo espaço, a bebida não estava presente. A diferença visual sugere que a empresária possa ter celebrado algo com alguém pouco antes do falecimento. Considerando quem tinha trânsito para entrar e sair e com quem Odete manteria uma conversa nesse contexto, a presença da bebida se conecta, em tese, a um encontro reservado com o autor do crime.

Suspeitos na trama e hipótese de reviravolta 

Entre os suspeitos apresentados pela trama, os indícios materiais, a cronologia das câmeras e o uso do cartão-chave convergem para César como o único personagem com acesso legítimo e capacidade de trancar o quarto sem deixar sinais externos. Para que outra pessoa se encaixe nos fatos, o enredo teria de embaralhar a ordem dos acontecimentos ou revelar um recurso de bastidor não mostrado nas imagens. Vale Tudo, escrita por Manuela Dias, vai ao ar de segunda a sábado, às 21h20, na Globo, e segue explorando as consequências do falecimento de Odete Roitman sobre César, Marco Aurélio e demais personagens envolvidos na investigação interna da história.

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